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Aluno, um sujeito simples.

Há diversos estímulos oferecidos à nova geração neste processo de globalização e o que tem sido mais atrativo é a tecnologia. Em meio a tanta praticidade, é possível perceber o quanto nossos jovens estão conectados às questões usuais como, por exemplo, as redes sociais, notícias via web, boatos, jogos on line e tantos outros. Contudo, por mais antenados que estejam virtualmente, se não estimulados para as vivências reais tendem muitas vezes a se comportar de maneira menos sociável, isto é, apresentam pouca comunicação externa.

Tal situação comunicativa acarreta muitas vezes a falta de interesse dos jovens a tudo que não integra o ambiente virtual, nesta perspectiva podemos citar o ambiente escolar. Quando não corresponde às expectativas de seus alunos no que concerne a realidade vivida por eles, o resultado apresentado nas práticas pedagógicas decerto não é dos mais positivos.

Devido à responsabilidade social atribuída à escola, é importante que todos os atores educacionais tenham em mente a importância em se conciliar o método de ensino-aprendizagem às práticas vividas por seus educandos. E como fazer isso? Afirmo não ser uma tarefa fácil, contudo quando atingido o objetivo, não há mais nada de tão prazeroso, em se tratando do universo educacional.

Acredito que a primeira etapa para esse elo, seja a promoção de um ambiente de escuta e sensibilidade, cujo maior foco está em demonstrar aos alunos que sua voz pode ser ouvida e muito além, considerada. A partir dessa atitude, é certo que haverá espaço para discussões saudáveis e em consequência disso o foco atencional dos envolvidos ficará voltado a outros estímulos.

Em segundo momento, convém que o educador atribua ao método da escuta o despertar para o senso crítico individual de seus aprendizes. Afinal, o ambiente escolar não deve ser apenas um local de transferência de saberes individuais, mas sim de compartilhamento. E todo profissional que presa essa linha de pensamento, passa de professor a educador.

Cada um de nós, profissionais da área, possuímos uma ferramenta base. Em meu caso, posso citar a Literatura como maior instrumento de trabalho. É por intermédio dela que faço possível o despertar para a cidadania, o conhecimento autocrítico e a capacidade argumentativa. Além de viabilizar a aprendizagem a partir do que os alunos mais gostam, ou seja, a internet.

Durante as aulas, no Colégio Formosa atribuo a eles papéis de investigadores, pesquisadores e permito que utilizem como recurso a tecnologia. Promovo a eles a busca pelo conhecimento, pois sabemos que a linguagem literária não está apenas nos livros, mas sim nos acontecimentos, no comportamento humano, nas manifestações culturais.

Consequentemente, a metodologia empregada, permite que os alunos tenham em si a motivação para a comunicação, o trabalho em equipe, o respeito ao próximo e a compreensão da importância em se expressar, isto é, amadurecem e passam a ver decerto a vida de outra forma.

Percebem, enfim, que o mundo é bem maior do que apenas o digital, as relações humanas oferecem muito mais subsídios para compreender a própria vida. Deste modo, aprendem que nem todas as respostas estão em sites de pesquisa como o Google, uma parte delas é conseguida por eles mesmos.

Logo, é de se concordar que o maior prazer do ser humano está em suas conquistas e por isso, um aluno que se percebe como integrante de seu próprio aprendizado é capaz de atingir qualquer que seja o objetivo. Costumo dizer que ele seja um sujeito simples que necessita de seus complementos. É nossa tarefa como professores disponibilizá-los. Certamente poderá ter inseguranças em meio a tantas descobertas, mas será um cidadão ativo no futuro, do qual nos orgulharemos muito.

Professora Ana Karolina L. B de Arruda
Formada em Letras com licenciatura em Português e Inglês
Extensão em Filosofia da Educação
Psicopedagoga

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