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Aprendizagem significativa

Para haver um bom desenvolvimento nos conteúdos escolares, o professor deve promover em sua prática de ensino uma didática carregada de significados, trazendo para a sala de aula os conhecimentos prévios que o seu aluno já adquiriu em sua vida social. Isso tem um nome: a aprendizagem significativa, um conceito da teoria da aprendizagem de David Ausubel, psicólogo, filósofo e estudioso da área da educação que traz uma abordagem em que os conteúdos escolares devem estar relacionados com os conhecimentos prévios que meu aluno possui. Apesar de ter um contexto atual, ela foi elaborada no ano de 1963 e foi desenvolvida durante a década de 60 e 70.

Sem dúvida trata-se de uma teoria com uma abordagem muito atual e dinâmica, mas por que alguns professores ainda são resistentes a esse modelo de ensino? Talvez porque seja uma “defesa” deste professor frente ao desconhecido. Muitos professores e coordenadores, por não conhecerem esse modelo de ensino, logo pensam que “vai dar trabalho” ou “isso é modinha” ou “não foi assim que aconteceu comigo e aprendi da mesma maneira” e então surgem outras dezenas de argumentos para este profissional “fugir” desta maneira de ensinar.

O ensino desta nova geração não deve seguir o mesmo modelo da geração anterior, mesmo que muitas coisas deram certo naquele momento histórico, não deve servir de modelo para o tempo atual, pois hoje as crianças têm mais informações e o meio em que estão inseridas é muito diferente de 20, 30 anos atrás. Neste ambiente atual em que vivemos, o professor tem um aluno que pensa, questiona, é informado e atualizado; logo este aluno também deve ser um protagonista de seu próprio aprendizado.

Na escola, professor e direção devem abrir suas mentes para os conteúdos escolares disciplinares concomitantes com a vida do seu aluno “dentro” e “fora” do ambiente escolar, ou seja, através de associações com o cotidiano e conhecendo o conceito que seu aluno tem de determinado assunto para então desenvolver os conteúdos escolares. Um exemplo em sala é quando na disciplina de matemática o aluno aprende as horas, um assunto que faz parte da rotina do aluno, mas no momento de calcular quanto tempo adiantado ou atrasado está o” seu João”, isso começa a distanciar o aluno dessa realidade e é neste fato tão simples e cotidiano que começa o terror para o aluno e consequentemente para o professor.

No colégio Formosa, professor e direção estão sempre envolvidos com esse olhar multidisciplinar, envolvendo e trazendo os seus alunos para o universo escolar. Um exemplo neste ano de 2018 aconteceu na disciplina de matemática com o tema “Horas, minutos e segundos” com os alunos do 5°ano. Como trata-se de um assunto que faz parte da vida de todos, decidi usar fatos corriqueiros que acontece com todos em sala para abordar o assunto “disciplinar”. Nesta aula, contei uma história usando os alunos como protagonistas e juntos definimos os horários e o que fazem no seu dia a dia para realizar cada ação. Por exemplo: acordar as 6 horas e depois de se arrumar, tomar café e vir para escola, o aluno chegar as 6 horas e 50 minutos e assim a história continuou até o final do dia desses alunos. Todos participaram e mesmo depois de dias passados desta tarefa, os alunos ainda usam o assunto a todo momento em sala, utilizando as horas para se localizarem. Exemplo: “Falta 15 minutos para o professor de educação física chegar” ou “Falta 30 minutos para chegar a hora do lanche” ou “Minha mãe hoje vai vir me buscar às 14 horas” e assim percebo o ótimo desenvolvimento que a aprendizagem significativa trouxe e traz para haver o pleno desenvolvimentos dos meus alunos.

Trazer a realidade do aluno para a sala de aula, mostrando que o que está no livro, no caderno e nos exercícios tem tudo a ver com a vida deles, com sua rotina e não simplesmente “aprender” para ir bem na prova e quando esta terminar o aluno deletar tudo da memória. Isso não faz parte da aprendizagem significativa, pois assim que começar um novo assunto, o aluno vai esquecer de tudo que simplesmente “decorou”. Decorar é diferente de aprender. Aprender vai além! Quando o aluno aprende ele não esquece e usa o conteúdo para a sua vida.
A dica é: não complica, a aprendizagem e conteúdos escolares devem caminhar junto com a realidade e cotidiano do aluno.

Tatiana Geraldini Monção
Licenciatura em Pedagogia

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